sábado, 15 de novembro de 2008


G20 precisa criar 'regulação séria', diz Lula em Washington
Presidente disse que G8 'não tem mais razão de ser'.Ele defendeu mais produção, emprego e inclusão social.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu neste sábado (15), na reunião do G20, a necessidade de restabelecer a representatividade e a legitimidade das instituições financeiras multilaterais. A cúpula foi convocada para tentar encontrar saídas para a crise financeira que se espalhou pelo mundo.

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O presidente explicou a necessidade de o G20 ter uma "regulação séria" e se transformar em um verdadeiro foro político. "O G8 (grupo dos sete países mais industrializados do mundo mais a Rússia) não tem mais razão de ser porque é preciso levar em conta as economias emergentes no mundo globalizado", comentou Lula, acrescentando que, "se todos os presidentes estiverem de acordo com isso, a crise será debelada com mais rapidez".

"Precisamos de mais produção, mais emprego e mais inclusão social, pregou Lula, diante de uma platéia de presidentes na Casa Branca, em Washington, depois de salientar que o Brasil não vai abdicar de crescer e, para isso, manterá os investimentos previstos no PAC.

Lula, que insistiu no discurso da necessidade de regulamentação dos mercados, disse ainda que é essencial a reativação dos setores produtivos, para que se mantenham os empregos e a economia em movimento. O presidente lembrou ainda que a receita brasileira para combater a crise internamente é expandir o mercado interno.

Recepção
Na chegada para a cúpula dos chefes de Estado, no National Building Museum, em Washington, o presidente foi saudado por um sonoro "Lula" pelo presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ao ser recepcionado para a fotografia do aperto de mãos na chegada para o encontro sobre mercados financeiros e economia mundial. O presidente brasileiro foi o último líder a ser recepcionado para a cúpula. Além de chefes de Estado e de governo, estão presentes os dirigentes de organizações multilaterais: o diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, e o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon.

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